Está tudo bem, não estar bem.



Não. Eu não estou bem. E está tudo bem não estar bem. Sempre meti os outros à minha frente quando era eu que refletia no espelho da vida e neste momento eu preciso de atenção e ninguém liga aos pormenores, eu já não me arranjo como antes. Tenho roupa tão bonita e tenho preferido deixá-la dentro do armário e usar calças ou leggins fanhosas, só porque não me apetece arranjar. 

Na minha cara era feito todas as semanas uma máscara, há um mês que só leva água e sabão, maquilho-me de vez em quando, mas não sinta que arrase. Até as minhas sobrancelhas suplicam que eu volte.

Deixei que situações atrás de situações me arrastassem para um caminho tão apertado como as minhas calças, que mal as visto. Eu não queria chegar a este ponto, não queria simplesmente só me distrair de tudo e deixar todos de lado. Eu era menina de todos os dias falar com tudo e todos, hoje simplesmente estou cansada, já não suplico por atenção mas tenho a falta dela. Tenho saudades de estar com as pessoas, de abraços apertados e textos compridos. 

O meu trabalho exige tudo de mim e neste momento não consigo dar mais, porque já não me sinto eu. Acho que me perdi nas pegadas de mim mesma, estava tão cansada que a minha alma parou a meio do caminho e o meu corpo continuou sozinho. 

Sempre fui conhecida por ser animada, mas eu já não sou o que era antes. O que aconteceu á verdadeira derradeira da vida? Cansou-se, exigiu tudo dela em todas as situações que já deixou de ter forças para tudo na vida. Sofre demais e dá demais aos outros deixando-se para trás, como sempre fez. Só queria tirar todo o peso que tem nela e lançar a bagagem toda para fora da carruagem, ela merece ter tudo, ser feliz. 




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