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Fumos cansados.

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  Não consigo mais, aos poucos sinto que não ando, rastejo. Mas ainda tenho sorrisos para dar. Irónico, não é? Tenho tanto para dar e não consigo mais merda nenhuma. Sinto que falhei, sinto que errei, com todos os que conheci, com todos os que foram embora e com cada um que fica. Sou um nó do caralho que não tem como ser desenrolado e isso deixa-me de rastos. Por sentir que não há solução para tudo o que já passei e tudo o que me tornei.  Nunca vou entender a necessidade de me estar a culpar por algo que não fiz, algo que não sou. Porque me sinto culpada por tudo o que se passa à minha volta? Porque sou uma fraca que não consegue levar com criticas negativas sem ir abaixo? Não me consigo perdoar.  Cada cigarro é mais um capitulo, à muito que não me sentia assim, há muito que não apanhava tanto vento e tanta chuva na tentativa de querer respirar e não conseguir.  Sou fraca. Estou cansada.  

Depois de 3 anos.

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Depois de 3 anos nunca vou conseguir expressar por palavras o quanto eu já passei até aqui. Se esperava voltar a escrever? Não. Mas sei que a escrita entre as linhas sempre foi o meu maior refúgio e independentemente de tudo, será a minha melhor forma de me expressar.  Nunca precisei de inimigos, eu própria sou a minha maior inimiga. A minha cabeça mata-me e a minha ansiedade sempre voltará a mim como minha maior amiga. Aquelas amizades tóxicas, sabem? Eu própria me engano quando digo que estou bem ou quando um sorriso de orelha a orelha rouba tudo o que é fotografias. Não é verdade. Mas eu sempre estarei bem. Sempre.  Em 3 anos pessoas vieram e pessoas foram. Não estou importada com quem de facto vem e vai. Já não me importo com quem faz o favor de bater com a porta de saída e apesar de ainda magoar algumas saídas, apenas me abstenho em estar por minha consciência. Quem vai, é porque nunca escolheu ficar. Quem escolhe ficar, luta com todas as forças e quem foi, nunca quis lutar verdad

Está tudo bem, não estar bem.

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Não. Eu não estou bem. E está tudo bem não estar bem. Sempre meti os outros à minha frente quando era eu que refletia no espelho da vida e neste momento eu preciso de atenção e ninguém liga aos pormenores, eu já não me arranjo como antes. Tenho roupa tão bonita e tenho preferido deixá-la dentro do armário e usar calças ou leggins fanhosas, só porque não me apetece arranjar.  Na minha cara era feito todas as semanas uma máscara, há um mês que só leva água e sabão, maquilho-me de vez em quando, mas não sinta que arrase. Até as minhas sobrancelhas suplicam que eu volte. Deixei que situações atrás de situações me arrastassem para um caminho tão apertado como as minhas calças, que mal as visto. Eu não queria chegar a este ponto, não queria simplesmente só me distrair de tudo e deixar todos de lado. Eu era menina de todos os dias falar com tudo e todos, hoje simplesmente estou cansada, já não suplico por atenção mas tenho a falta dela. Tenho saudades de estar com as pessoas, de abraços apert

Ganhar forças.

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  Há 4 meses que não venho aqui, a minha vida tem sido uma corrida contra o tempo. A escrita é ainda um refugio, isso não mudou, mas eu evito encontrá-la nos meus pensamentos para evitar cair no abismo novamente. A escrita sempre foi o mais importante para mim, talvez seja por ter passado a vida a querer-me expressar, a almejar ser ouvida até porque, os olhos só vêem aquilo que querem realmente ver, são raros os que observam cada palavra que escrevo. Não quero de todo escorregar em todas as letras que escrevo ou tropeçar nos pensamentos que tenho enquanto digo tudo o que tenho sentido.  Estou abafada. Sinto-me exausta, porém, firme.  Cada dia ganho cada vez mais forças para ultrapassar tudo o que sei que serei capaz. Acerca dos projetos da minha vida, dizem-me "Já pensaste em quantas pessoas gostariam de estar onde tu estás?" e isso dá-me as forças necessárias, dá-me a motivação que preciso para seguir em frente, que sonhos não se realizam sozinhos, temos que lutar por eles. 

desejo ofegante

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Vem. Vem-me mostrar o quanto me desejas, beija-me com tanta intensidade para sentir todo o teu desejo pelos meus lábios como tenho dos teus. Sussurra-me ao ouvido e passa pelo meu pescoço tão devagar como apareceste pela minha vida e ficaste. Fica e acaricia-me como se a noite fosse só nossa e do nosso desejo obscuro de nos termos ligados para o resto das nossas vidas.  A nossa paixão é como o fogo, não deixes toda esta chama dentro dos nossos corpos acabar. Nós tornamo-nos só um dentro e fora destes lençóis, portanto sê tu mesmo e apresenta toda essa necessidade de te teres dentro de mim, assim como tenho eu a necessidade de me sentir tua, cada vez mais.  Agarra-me pelo cabelo como me agarras para permanecer na tua vida uma vez que sou dona do meu nariz, mas tu insistes em que eu permaneça nos teus braços, tu enrolas-me sempre que tento fugir e é essa é das melhores sensações que tenho quando estou contigo.  Tira toda a renda que tenha para te tentar seduzir e seduz-m

escrita dramática e ansiedade

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A escrita tornou-se algo dramático. De prática para complexa. De um refúgio, para uma obrigação para comigo, para me sentir bem comigo mesma.  Faz um ano que a escrita para mim não faz sentido, já fez mais confesso. Faz um ano que pus as malas à porta de casa e deixei o meu lar, à procura de um mundo melhor, ao lado de um amor tão verdadeiro e tão bonito, precisamente um ano que nunca deixei de lutar e hoje, sinto-me derrotada. A escrita para mim sempre me agarrou e empurrou para que nunca caísse no abismo da depressão versus ansiedade e o que se torna certo é que a ansiedade e o stress foram maiores que todo o resto.  Eu pensava e jurava que estava bem, mas eu não tinha vontade para escrever nem para sair da cama. Num ano eu tive experiências negativas no mundo do trabalho, mas não me deixei ficar e lutei para que, pelo menos tivesse um negócio só meu. Na verdade, eu sou multi-tarefas, embora algumas estejam em standby por enquanto. Não quero revelar o que tenho andado

Pandemia, pessoas egoístas e agradecimentos

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Vamos lá ao assunto do momento.  O coronavírus tornou-se um bocado o apocalipse que ninguém esperava. A maioria das pessoas diziam que era um exagero (eu era uma dessas pessoas) e a quantidade de noticias que se via nos jornais só retratava isso mesmo, passado uma semana, Portugal já estava com infetados, hospitais cheios e depois de se chegar à conclusão que era uma pandemia, a corrida aos supermercados foi algo que afrontou toda a gente. Gerou pânico aos mais estúpidos e até aos inconscientes.  Acho engraçado o facto de haver ainda pessoas a levar a sua vida com tranquilidade, a criticarem o facto de haver eventos cancelados, limitarem a quantidade de pessoas nos supermercados, de fecharem os bares às 21h. Nada disso é má decisão.  Uma má decisão começa quando tu sais porta fora, para ires para a praia ou para o cais do Sodré, ou apenas para ires “beber um copo” com os teus amigos. Podes não estar com sintomas como febre, tosse, ou qualquer outro mas isso não sign